domingo, 1 de abril de 2012

Vampiros X Fênix

Eu de verdade deveria estar escrevendo outra coisa e não isso aqui. Mas vontade quando é vontade só passa quando a gente faz o que quer.

Enfim Março acabou, que mês estranho esse, tive a sensação que ele durou pelo menos uns 60 dias! De fato alguns dias realmente demoraram a passar, não só demoraram a passar como eu achei que não fossem passar, mas passou. Sempre passa.

Na última postagem eu falei de coisas que tenho aprendido com algumas situações que tenho vivido, uma que esqueci de mencionar é que tenho acessos de raiva, e pra eu ficar calmo preciso quebrar alguma coisa. Já tinha acontecido umas outras duas vezes alguns anos atrás, mas achei que fossem algo isolado, e uma espécie de show que eu precisava protagonizar pra mim mesmo. Nesse último momento de raiva quebrei um copo de vidro na parede, isso me deixou um pouco assutado, eu realmente fiquei com muita raiva, fiquei sem saber da onde veio tanto ódio. Preocupante, eu sei, é mais uma das coisas das quais preciso procurar a ajuda de um profissional, e esconder da minha mãe. Coloquem na lista!

Hoje eu percebi o quanto me sinto contemplado quando estou com um certo grupo de pessoas, o quanto eu me sinto eu mesmo, não que eu interprete algum personagem em outros momentos, mas é com essas pessoas que eu me sinto pleno, sem barreiras ou aflições de mostrar totalmente o Pablo que sou. Posso dizer que me sinto em família. Os anos me fizeram ter um conceito diferente de família, pelo menos comparado aos que tem uma família "normal". 2010 me disseram que iam ser minha "família", eu acreditei por um tempo, mas só por um tempo. As pessoas tem o costume de perguntar "você vai pra casa?" Tem alguns anos que considero Viçosa minha casa, agora tem esse diferencial, não é só mas minha casa, agora tenho família também.

Essa família tem preenchido um grande vazio que tenho sentindo dentro de mim ultimamente, um vazio que vem se acentuando do ano passado pra cá, a carência anda mais junto comigo do que minha sombra. Mas é em quem eu encontro abrigo, segurança, é quem me faz rir de verdade. São pessoas que no final do dia quero um abraço e ouvir tudo sobre o dia deles. São pessoas de quem eu tomo as dores sim, sem pensar duas vezes. Uma vez eu ouvi uma frase não lembro de quem que era assim: "amigos de verdade você faz na universidade". E tem sido bem isso mesmo, a graduação tem me ensinado bem mais do que técnicas jornalísticas.

Acho que perdi o sentido dessa postagem....

Tenho tido conversas sobre socialização, uma das coisas que falei foi sobre a solidão, é uma das coisas que me deixam com muito medo, medo de verdade. É tudo fruto da dependência que criamos das pessoas com quem nos relacionamos. É pavoroso ter que dormir sozinho no frio, acordar sem ter pra quem dar "bom dia" mesmo com o meu mau humor matinal, assim como é medonho não ter quem abraçar de verdade, e se sentir abraçado de volta. Abraço é uma coisa que eu amo fazer, acredito que seja um gesto que demonstra muita verdade, acho que o "nível" do abraço é diretamente proporcional ao sentimento que você nutre pela pessoa abraçada.

Lembrei o que queria escrever....

Tenho assistido The Vampire Diares (se você gosta de série de "mulherzinha" eu super indico) e uma das coisas em que os novos vampiros tem que aprender, é lidar com a intensidade que a alma vampiresca faz você ter. Os sentimentos são multiplicados fora de qualquer progressão, é nessa hora que me sinto um vampiro (risos). A vida de vampiro te proporciona também a possibilidade de desligar o seu "eu humano". E é nessa hora que vejo que não, eu não sou um vampiro.

Se é pra associar a vida à algum personagem, que seja à uma Fênix. O ikki de cavaleiros do zodíaco sempre foi meu escolhido. O fato dele perder a batalha, mas se reerguer das cinzas sempre me encantou. Mas numa rápida análise, vi que não é bem assim. Ele volta no auge do seu poder, as vezes até mais forte. Essa não a fênix que se adéqua a mim. A Fawkes do Dumbledore sim. Porque ela, volta das cinzas desde o início, se ergue no passo-a-passo de como tem que ser, de como a ficção pode ser bem parecida com a realidade.